Um pouco de papo furado

8h15 da manhã, café da manhã tomado, casinha em ordem e enquanto eu arrumava a cama, lembrei do bloguinho. Não quero abandoná-lo, ele tem me dado a energia necessária de retomar a escrita. Neste momento, estou usando ele para aquecer a escrita, pois tenho dedicado as manhãs a um projeto pessoal de escrita.

(o blog me sabotou e postou picado, não lembro mais o que escrevi nas primeiras frases risos, mas tô tentando montar para dar coerência ao resto do texto). Era algo sobre eu ter retomado o caderno de gratidão, que já pratico há muitos anos e sobre ter reencontrado graças ao Lufe Gomes (nas redes é Life by Lufe) numa playlist chamada Espiral de Mudanças e sobre o fato de eu já ter lido muitos livros e acompanhado muitos “gurus” (no sentido de ser alguém que abre a mente, não guru de seguir cegamente) (a partir daqui era a escrita que eu já tinha feito.)de várias áreas, e aí vem o Lufe, fofo, querido, amoroso, apenas relatando a história de sua vida uauuuuuu, que dias incríveis tive com ele, ouvindo, aprendendo, refletindo. Minha alma gêmea risos (porque acredito que tenhamos muitas almas gêmeas por aí), no sentido dele ser tão maravilhado com a vida.

Inclusive essa semana me peguei numa bad gigante por um post de Instagram. Sério isso produção? Fabiane, uma pessoa madura acerca da vida (me considero sim hahahaha), chorando com uma banalidade? Claro, devemos considerar o fato de eu estar sangrando e os hormônios virarem uma bagunça. Foi um showzinho do ego, porque eu vi uma professora de yoga com muuuuitos alunos e sua técnica de “superyoga” era assim mesmo que estava escrito. E aí meu subconsciente achou que isso não é yoga.

Óbvio que agora que escrevo com clareza, eu me pergunto “porquê não?” quem disse que “meu yoga” é mais certo ou melhor? É óbvio que ela tem méritos de ser uma ótima professora e ter muuuuitos alunos. Mas aí caí naquele limbo de questionar o que eu faço. Eu amo mais que qualquer coisa que eu tenha feito na vida, é um trabalho que faz minha alma feliz, mas que infelizmente ainda não paga minhas contas, e aí bate o nervoso. Coitado do Cris!

E no meio disso eu fiquei “será que eu passo a ideia errada no Instagram?”. Agora volta o gancho do Lufe ser minha alma gêmea. Eu sou a descrição dele de Super Otimista Universal. Pensando bem, eu devo ser mó chatonilda hahahhaha porque eu realmente sou uma pessoa muito positiva. Eu amo a vida, amo as coisas, eu fico maravilhada com a borboleta que passa, com as plantinhas do caminho, com tudo e qualquer coisa. É como se eu tivesse recebido a dádiva de ver tudo que é belo.

Só que quando se é essa pessoa abobada pra vida, às vezes a gente esquece que nem todo mundo tem essa habilidade. E de certa forma, eventualmente eu caio do cavalo, porque eu desço desse lugar de beleza para ver o mundo como ele é, e eu sei que não é bonito.

Isso não é um post de reclamação, longe disso. Mas é um forma de colocar ordem no pensamento. Daqui a uns 10 anos eu provavelmente estarei rindo disso. Daqui uns 20 anos, nada disso terá importância. Daqui uns 30 anos talvez eu nem esteja aqui. Então porque eu me importo com todo esse drama? Ainda não sei, mas espero verdadeiramente internalizar isso, que a vida é breve e o ego é afiado. Ele quer palco pro show dele, para que outro alguém o massageie e diga que ele é sensacional.

Eu sigo nas minhas reflexões tentando tirar o véu da ilusão, tentando entregar e confiar na Existência. Eu sei que vai ficar tudo bem, até porque já voltei a ver o colorido da vida e é isso que me faz levantar todos os dias ❤

P.S.: eu juro juradinho que logo voltarei a postar umas inspirações bem lindas. Por enquanto, agradeço a oportunidade da escrita livre, tem sido sensacional!

2 comentários em “Um pouco de papo furado

  1. É muito bom compartilhar as emoções Fabi, quando abrimos as nossas sombras as pessoas se sentem acolhidas nas sombras delas também, é tipo um #tamojunto. Acho que não tem ninguém que não tenha seus conflitos internos, seus medos, suas angústias, e isso normalmente fica só nos bastidores, e tudo que gaurdamos sem dar a devida atenção ou “tratar” (e falar sobre é tratar) acaba aumentando de tamanho. Obrigada pela partilha, amo teu jeito de ver a vida e falar das tuas emoções.

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    1. Mas sabe Jaque que estamos vivendo no mundo da perfeição absoluta, que imagina a pessoa sentir inveja, ou sentir tristeza, ou ficar na bad né? É como se não houvesse espaço para isso, e é pesado demais!
      Eu concordo em absoluto que a cura vem de olhar para nossas feridas mesmo, e tá tudo bem ser frágil… não existe crescimento sem que a gente estique cada pedacinho da gente.
      Gratidão pelo carinho e amizade ❤

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